Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, para não serdes julgados; não condeneis, para não serdes condenados; perdoai, e vos será perdoado. Dai, e vos será dado; será derramada no vosso regaço uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante, pois com a medida com que medirdes sereis medidos também... Mestre Jesus Cristo.

Seguidores dos Pretos Velhos

domingo, 30 de março de 2014

Obrigações e Oferendas na Umbanda



Já imaginaram o que seria do mundo se toda pessoa que quisesse algo em sua vida, era só ir fazer uma oferenda a um Orixá, Guia, Santo, Exu ou Pomba-Gira, barganhar e pronto? Ou seja, era só comprar o que o Orixá ou Guia mais gostasse, porque onde eles moram não tem mercado, feira, nem casa de artigos religiosos, e por isso precisam que nós os agrademos com bebidas, comidas, charutos, velas, ou seja, coisas materiais,para poderem satisfazer nossos egos incapacitados e muitas vezes doentio. Pra que fazer vestibular? Pra que estudar muito pra ser um bom profissional? Pra que trabalhar? Pra que ser honesto? Pra quer perdoar? Pra que ter honra e honestidade? Seria legal, através de uma oferenda eu conseguir o homem ou a mulher que eu quero. Não existiram mais doenças. O campeonato de futebol não seria mais resolvido no gramado, mas sim, nas encruzilhadas. Quando eu não gostasse de alguém seria fácil: era só fazer um feitiço e essa pessoa sumiria. Dinheiro então nem se fale; era só levar uma oferenda na Natureza e no outro dia eu ganharia na loteria. Fácil né? É assim então? Se for, não preciso mais me esforçar pra nada nesse mundo, pois, é só fazer uma oferenda ou despacho e está tudo resolvido. Pra que então perdermos tempo atendendo as pessoas num Templo Umbandista, com orientações e evangelização, se nós tivessemos a certeza que basta uma oferenda ou despacho para que o problema daquela pessoa, seja qual for, fosse resolvido. É mais fácil então uma só pessoa atender a todos no Templo, colocando os problemas das pessoas em um buscador da internet; encontrando o despacho ou oferenda condizente, era só tirar uma cópia, dar na mão do consulente e mandar ele se virar pra realizar o ato que tudo estaria resolvido em sua vida. 

Devemos então jogar fora o Evangelho e achar que Jesus foi um tolo inocente por querer que todos fizessem Reforma Íntima e nos melhorássemos para sermos felizes. Jesus também foi mentiroso quando nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade a vida; ninguém chega ao Pai a não ser através de mim”. Uma coisa é interessante: vemos todo mundo buscar Jesus para resolver os seus problemas, mas nunca vimos ninguém montar uma oferenda para Ele, a fim de conquistar os Seus favores. Por quê? Fácil: ninguém nunca ensinou ou disse que Ele facilitaria as coisas com oferendas. Com Jesus não se barganha; Jesus não se compra; Jesus se conquista; Jesus é pura doação. Seus favores somente chegam a quem merece de fato, pois entenderam o seu Santo Evangelho; mudam suas vidas. Será que com os Sagrados Orixás também não é assim? Será que para conquistar o apreço dos Orixás também não teríamos que nos reformar, nos melhorar, sermos amorosos e caridosos? Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda), no passado, ensinou que para se obter favores dos Orixás bastaria agradá-los com oferendas (ou ebó). Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda) ensinou que para todo problema existe uma oferenda (ou ebó) conciliatória. Atentem que nos ensinaram que para se chegar a um Orixá, deveríamos, por obrigação, realizar uma oferenda, com comidas e bebidas, senão este Orixá não se achegaria em nossas vidas. Será que é assim?

Muitos umbandistas abandonaram a religião, dizendo que cansaram de realizarem oferendas e despachos, e os Orixás nunca os ajudaram; suas vidas continuaram na mesma; nada foi resolvido; alias, piorou; gastaram o pouco que tinham.

Essa é uma tradição africana; aceita e praticada pelas religiões afro-descendentes.

A Umbanda não é afrodescendente.

 A Umbanda é crística e brasileira.

Templo da Estrela Azul – Pai Juruá

segunda-feira, 10 de março de 2014

A Casa Espiritualista




O centro, tenda ou terreiro é o reflexo de seu dirigente. Esta é uma realidade que não podemos negar. Se a direção da instituição se caracteriza pela morosidade, pela atitude conservadora e anti-progressista; se não gosta de estudar, nem as bases deixadas por Kardec, fatalmente veremos uma Casa imersa num ambiente de enganosa penumbra - "tons de cinza" nas paredes e no sorriso desbotado de poucos voluntários. Falta alegria e satisfação em servir e toda mudança que possa arejar os velhos hábitos é, a priori, rejeitada.

Por outro lado, caso o dirigente se caracterize pela jovialidade, espontaneidade, alegria e seja dado ao estudo - estimulador do progresso espiritual - certamente presenciaremos uma reunião efusiva, descontraída, um ambiente agradável, sorrisos e vibrações elevados. As "cores" dessa Casa refletirão o estado íntimo de seu dirigente e dos freqüentadores, primando pela leveza e pelo bom humor.

Nos templos devemos cantar bastante, pois assim estaremos liberando emoções saudáveis e estimulando a alegria e a jovialidade.

Empregando assim a força do nosso pensamento em algo construtivo, visando ao bem-estar comum, aí sim estaremos preparando as pessoas, deixando-as receptivas às palavras das entidades ou doutrinas. A "curimba" alegre e elevada estimula a mente para criações mentais superiores e suaviza emoções conturbadas. Se agirmos ao contrário, permanecendo em silêncio - sem "curimbas" - as pessoas sentem-se entediadas a acabam por dormir; não têm alegria e nem estímulos - tornam-se ranzinzas e mal-humoradas.

Criemos uma Egrégora de Alegria, Fé e Epiritualidade nas Casas de Umbanda...

Que Deus Ilumine todas as Casas que trabalhem em prol da Caridade.




domingo, 9 de março de 2014

Saravá, Motumbá, Kolofé, Mukuiu, Mojubá – O que significam?


Saravá, Motumbá, Kolofé e Mukuiu são saudações.

Mukuiu é um pedido de bênçãos (para a nação Bantu e para as Umbandas derivadas) a resposta é Mukuiu N´Zamby (que Deus te abençoe). Para os Jejê e també, Ketu (e Umbandas derivadas), o pedido de benção será Kolofé e a resposta Kolofé Olorum.

Entre os grupos Nagôs (yorubás) a temos a saudação Motumbá, e a resposta é Motumba Axé, mas essa normalmente um significado mais específico.

Saravá ficou uma saudação genérica entre a maioria das casa de Umbanda, independente da sua derivação.

Algumas correntes Umbandistas também usam o Namastê, que siginifica: “o Deus que habita em mim, sauda o Deus que habita em você”.  Palavra pequana, mas de um grande significado.

Outras saudações:

Êpa Babá – saudação ao Orixá Oxalá significando: olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.

Okê! Okê Arô! – saudação ao Orixá Oxossi significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que é aquele que fala mais alto.

Ogum iê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum.

Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá.

Ora Aie Ie o – Aieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.

Odoia ou Odociaba – saudação a Orixá Yemanjá e significam Mãe das águas.

Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando “Silêncio! Ele está aqui!”.

Saluba Nanã– saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é: “nos refugiamos em Nanã” ou salve, a senhora do posso, da lama”..

É para as Almas ou Adorei as Almas – saudação que fazemos aos Pretos-Velhos.

Kaô kabecilê! (ou Kaô kabecilê obá) – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa.

Laroyê, Exu! Exu é mojubá! – Mensageiro, Exu! Exu a vós meus respeitos!

Oke Aro ou Oke Ode ou  Oke Oxossi – Salve, aquele que grita, brada; Sale, o caçador; Salve, Oxossi.  Também usado como saudação aos Caboclo (Oke, Caboclo).

Xeto, Matomba Xeto – Usada para Goiadeiros.  Salve, aquele que tem braço forte, pulso forte.

Mojubá – significa respeito, os meus respeitos. Uma saudação em que a pessoa externa seus respeitos a outra pessoa, orixá ou entidade.

Existem outras saudação e expressões inerentes a rituais e outros, empregados em diversos seguimentos de Umbanda que existem por ai.

Fonte: religiaoespirita.com

Não Sofra Por Causa de Vasos de Barro



Tudo na sua vida está em constante movimento, e no mundo da Ilusão, tudo tem um começo e um fim.  A árvore começa em uma semente lançada a terra, e perfazendo seus ciclos, à terra retornará.  Cada forma, na natureza, cada animal, planta, fruto, pedrinha até, iniciou e terá seu fim. Nada permanece.


Este é um princípio da Lei dos Ciclos, uma das Leis conectadas a Lei do Karma. E sua utilidade é múltipla. Lembre-se de que o que é Real não perece, permanece, o restante cessa, por não ser real. O SER é Real. O Estar, não. Das várias utilidades, escolhi uma em particular e compartilharei hoje, com vocês.

Tudo o que você acha que tem foi confiado a você e confiado por um tempo. Pertence ao universo, é energia condensada formando algo a que o ser humano atribuiu algum valor. Mas a ilusão de posse é muito profunda, arraigada, e por conta disso, os desejos desenfreados sustentados pela ilusão do possuir, levam ao medo de deixar de possuir. Quem deseja ganhar, em algum momento temerá perder.


O vaso é feito do barro da terra, e quando o vaso se quebrar, deixar de atender à função atribuída a ele, voltará à terra. Todo vaso quebra. Cedo ou tarde. É só uma questão de tempo. Nem a própria terra permanece.


Então não venere seus objetos; considere-os vasos de barro. Seu computador, seu carro, seu dinheiro. Use com sabedoria – que significa extrair a utilidade daquilo que temporariamente está sob seus cuidados (que você acha que possui)- e se desapegue, pois uma das grandes causas do sofrimento, assim como o desejo de ter é o medo de deixar de ter (apego).


Olhe para tudo aquilo que você tem: são vasos de barro. Se pergunte qual a utilidade e faça jus à utilidade de cada vaso. Considere tudo aquilo que deseja possuir: são vasos. Se questione sobre qual a utilidade do que deseja ter - de pronto perceberá que parte do que deseja, nem necessário é.


Por isso, para caminhar no sentido da cessação do sofrimento (zerar o karma), pare de perseguir miragens, ilusões. Realize o uso dos vasos que a você foram confiados, sabendo que eles quebram. Estão seus. Não são seus.


Não dependa do ter e não tema não ter. Não sofra por desejar possuir e não sofra por temer deixar de possuir. A realidade, a verdade profunda e incontestável, é que tudo o que perece, todos os vasos de barro, pertencem ao universo. Transporte o Real: você, seus princípios, sua percepção e sua disposição, seu amor e saber.  Eu topo seguir contigo, mas sem bagagem, ok?

Por Lucius Augustus, In.

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