Conta-se que o conquistador mongol Genghis-Khan
tinha como animal de estimação um falcão. Com ele saía a caçar. Era seu amigo
inseparável.
Certo dia, em uma das suas jornadas, com o falcão
como companhia, sentiu muita sede. Aproximou-se de um rochedo de onde um filete
de água límpida brotava.
Tomou da sua taça, encheu até a borda e levou aos
lábios. No mesmo instante, o falcão se jogou contra a taça e o líquido precioso
caiu ao chão.
Genghis-Khan ficou muito irritado. Levou a taça
novamente até o filete de água e tornou a encher. De novo, antes que ele
pudesse beber uma gota sequer, o falcão investiu contra sua mão, fazendo com
que caísse ao chão a taça e se perdesse a água.
Desta vez o impiedoso conquistador olhou para a
ave e falou:
Vou tornar a encher a taça. Se você a derrubar
outra vez, impedindo que eu beba, você perderá a vida.
Na mão direita segurando a espada mongol, com a
esquerda ele tornou a colocar a taça debaixo do filete de água e a encheu.
No exato momento que a levava aos lábios, o falcão
voou rápido e a derrubou.
Ágil como ele só, Genghis-Khan utilizou a espada
e, em pleno ar, decepou a cabeça do falcão, que lhe caiu morto aos pés.
Ainda com raiva, ele chutou longe o corpo do
animal.
E porque a taça se tivesse quebrado na terceira
queda, ele subiu pelas pedras para beber do ponto mais alto do rochedo, no que
imaginou fosse a nascente da fonte.
Para sua surpresa, descobriu presa entre as
pedras, bem no meio da nascente, uma enorme cobra venenosa. O animal estava
morto há tempo, com certeza, porque mostrava sinais de decomposição. O cheiro
era insuportável.
Nesse instante, e somente então, o grande
conquistador se deu conta de que o que o falcão fizera, por três vezes, fora
lhe salvar a vida, pois se bebesse daquela água contaminada, poderia adoecer e
morrer.
Tardiamente, lamentou o gesto impensado que o
levara a matar o animal, seu amigo.
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Assim muitas vezes somos nós. A Providência Divina
estabelece formas de auxílio para nós e não as entendemos. Pelo contrário, nos
rebelamos.
Por vezes, a presença de Deus em nossas vidas se
faz através dos sábios conselhos de amigos. Contudo, quando eles vêm nos falar
de como seria mais prudente agirmos nessa ou naquela circunstância, nos
irritamos. E podemos chegar a romper velhas amizades.
De outras vezes, Deus estabelece que algo que
desejamos intensamente, não se concretize. Algo que almejamos: um concurso, uma
viagem, um prêmio, uma festa, um determinado emprego. É o suficiente para que
gritemos contra o Pai, nos dizendo abandonados, esquecidos do Seu apoio.
Raras vezes paramos para pensar e analisar sobre o
que nos está acontecendo. Quase nunca paramos para nos perguntar: Não será a
mão de Deus agindo, para me dizer que este não é o melhor caminho para mim?
Nada ocorre ao acaso. Tudo tem uma razão de ser.
Você nunca se deu conta que um engarrafamento que o detém no trânsito por
alguns preciosos minutos, pode lhe impedir de ser participante de um acidente
mais adiante?
Um contratempo à saída de casa, que lhe retarde a
tomada do ônibus no momento que você planejava, pode ser a mão de Deus
interferindo para que você não se sirva daquela condução, para não estar
presente no acidente que logo acontece.
Providência Divina. Esteja atento. Busque entender
as pequenas mensagens que Deus lhe envia todas as horas.
E não se irrite. Não se altere. Agradeça. A mão de
Deus está agindo em seu favor, em todos os momentos, todos os dias.
Paz Interior a Todos os Irmãos de Fé!
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