Por que Umbanda?
Porque é simples, muito simples, e também profunda, muito profunda.
Sua grande profundidade permite, a aqueles que têm a capacidade de
mergulhar no seu interior, extrair dela o conhecimento, a sabedoria, a
humildade, o amor e a simplicidade das entidades de luz que nos ensinam o
caminho por onde devemos transitar.
E para aqueles que não estão capacitados ou estão chegando agora, lobrigar
esse caminho de luz que conduz à eterna Aumbhandan, a do conhecimento supremo.
Esta Umbanda pela que caminhamos juntos um grupo de camaradas unidos por
um mesmo sentimento, o do aperfeiçoarmos e dessa maneira ser cada vez um
pouquinho melhores.
Porque esta Umbanda é simples, profunda e está em constante movimento
sem, por esse motivo, ser caótica.
Está aberta ao conhecimento e este, inevitavelmente, gera movimento. As
coisas não são porque são, mas como as vemos, como as sentimos, produto de
diálogos abertos, de estudos profundos, de revelações. Esse movimento não gera
o caos, pelo contrário, uma força vital que harmoniza e dá coerência ao
conhecimento.
Porque não tem dogmas nem está estruturada.
Existem só as hierarquias indispensáveis e elas são o produto do
consenso. E o consenso gera-se no conhecimento e nas atitudes. Não existe
pirâmide de poder, nem autoridades várias a quem obedecer cegamente. Nesta
Umbanda está quem quer e sente que dessa maneira caminha em direção a um degrau
mais elevado do seu andar espiritual.
Em lugar de dogmas mais ou menos duvidosos, leis simples, que conhecemos
pela pratica da humildade, da caridade, do serviço; a outra face do orgulho, a
vaidade e o egoísmo.
Em lugar de dogmas, os ensinamentos que as entidades fazem-nos chegar
cada vez que baixam no terreiro, na fala pausada dos Pais Velhos, na alegria
das Crianças e na força moral dos Caboclos; entidades de luz, grandes magos e
sacerdotes cuja perfeição é o resultado do andar milenar pelo caminho da
espiritualidade.
Porque não está cristalizada nem é amorfa.
Onde ninguém adjudica-se a perfeição, nem tem falta de consideração para
com os outros, porque todos estamos em caminho a Deus, cada qual no seu estágio,
procurando evoluir, tratando de distinguir com claridade o bom do ruim, sem
colocar nos outros nossos próprios problemas.
Porque não é pros elitista, não está à caça de seguidores nem promete
coisas.
Não busca adeptos nem seguidores, trabalha com humildade e em silencio.
Sabendo que chegará a todos aqueles que estão em condições de escutar.
Não pensamos que seja o único caminho para buscar a Deus e também não
partimos da certeza de que seja o melhor; embora, é onde melhor sentimo-nos.
Carregamos a nossa pequena parte da verdade e fazemos o possível por
melhorar todos os dias, para avançar no caminho da espiritualidade.
Estão nesta Umbanda, nossa Umbanda, minha Umbanda, os que sentem a
verdadeira necessidade de estar nela e quase sempre têm percorrido muitos
caminhos e atalhos antes de chegar a Ela.
Por que Umbanda?
Porque aos que se aproximam dela não se os olha para saber qual é a sua
cor.
Nem se lhes pergunta se são ricos ou são pobres, se são cultos o se são
analfabetos.
Tampouco a que religião pertencem ou se não tem nenhuma.
O único que interessa é saber se sofrem, porque o sofrimento não
reconhece cor, religião nem estado social.
Porque Umbanda é fraternidade, é caridade...
Porque as entidades de luz que se apresentam baixo a roupagem de
Crianças, Caboclos, Pais Velhos e Exús sendo tão elevados espiritualmente,
falam-nos simples e em forma acessível para que todos possam entender e nunca
deixam de aclarar dúvidas nossas, nem de ajudar-nos em todo o que necessitamos,
procurando, de acordo a nossos merecimentos, fazer-nos alcançar nossos desejos
ou necessidades.
E fazer-nos entender que nosso caminho povoado de sofrimentos só será
completado quando através do amor, a caridade e a fraternidade despojemo-nos do
orgulho, a vaidade e o egoísmo, que são a marca registrada do nosso mundo e que
nos impedem alcançar um lugar mais próximo a Deus.
Por que Umbanda?
Boa pergunta.
Existem infinidade de respostas.
Mas cada um deve buscá-las no mais profundo do seu ser, através da razão
e dos sentimentos.
Por Kayêletá
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